Random much?

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ma France a Moi

Como um pop culture junkie, lembro claramente de, em 2006, ficar meio chocado que um rapper chamada Diam's, que surgiu do nada, tinha tido o álbum mais vendido do ano na França. Mulher, rapper... era uma coisa tão rara.

Depois, lembro do subseqüente escândalo quando ela, depois de alguns anos sumida, reapareceu de burkha, convertida ao Islam. Esse ano ela deu uma entrevista e escreveu uma auto-biografia que foi um grande best-seller.

Mas, até agora, isso se resumia ao que eu sabia de Diam's. Até que hoje, enquanto estava ouvindo musica popular na França atualmente, lembrei dela e resolvi ouvir o CD que quebrou todos os recordes em 2006, Dans Ma Bulle. E pqp, uma vez que você presta atenção nas letras (o que é bem díficil, pois é rap e em francês) é um CD bem brilhante e bem desafiador. Consigo imaginar o impacto gigantesco que ele deve ter causado na França na época e o fato que ele vendeu tanto e repercutiu tanto me deixa feliz.

Em relação a ela se converta para o Islamismo, eu não tenho muita opinião. Pois eu realmente sei pouco sobre o assunto. Confesso que achei bizarro e tenho muita vontade de ler a auto-biografia que ela escreveu mas meu francês tem que melhorar para eu fazer isso.

Em todo o caso, aqui está a minha música favorita dela com a tradução, Ma France a Moi. Achei foda:



Ma France à moi elle parle fort, elle vit à bout de rêves,
Minha França fala alta, ela vive sonhando
Elle vit en groupe, parle de bled et déteste les règles,
Ela vive em grupo, no meio do nada e detesta as regras
Elle sèche les cours, le plus souvent pour ne rien foutre,
Ela mata aula, normalmente para não fazer porra nenhuma
Elle joue au foot sous le soleil souvent du Coca dans la gourde,
Ela joga football nos dias de sol, sempre tem Coca pra beber
C'est le hip-hop qui la fait danser sur les pistes,
Nas pistas, é o hip-hop que a faz dançar
Parfois elle kiffe un peu d'rock, ouais, si la mélodie est triste,
Até de rock ela gosta¹ quando a melodia é triste
Elle fume des clopes et un peu d'shit, mais jamais de drogues dures,
Ela fuma cigarros e outras merdas mas nunca drogas pesadas
Héroïne, cocaïne et crack égal ordures,
Heroína, cocaína e crack são puro lixo
Souvent en guerre contre les administrations,
Sempre em guerra contra os administradores,
Leur BEP mécanique ne permettront pas d'être patron,
O seu diploma não permite ser chefia
Alors elle se démène et vend de la merde à des bourges,
Então ela acaba vendendo merda para os ricos
Mais la merde ça ramène à la mère un peu de bouffe, ouais.
Mas é essa merda que alimenta a mãe dela.
Parce que la famille c'est l'amour et que l'amour se fait rare
Porque a família é o amor e o amor é algo raro
Elle a des valeurs, des principes et des codes,
Ela tem valor, princípios e ética
Elle se couche à l'heure du coq, car elle passe toutes ses nuits au phone.
Ela vai dormir tarde pra cacete, porque ela passa suas noites no telefome
Elle paraît feignante mais dans le fond, elle perd pas d'temps,
Ela parece preguiçosa mas, no fundo, ela não perde tempo
Certains la craignent car les médias s'acharnent à faire d'elle un cancre,
Alguns a temem pois a mídia quer mostra-la como uma marginal
Et si ma France à moi se valorise c'est bien sûr pour mieux régner,
Mas se a minha França se valorizar, ela ira reinar melhor
Elle s'intériorise et s'interdit de saigner. Non...
Ela interioriza os segredos e não quer sangrar. Não.

(REFRÃO)
C'est pas ma France à moi cette France profonde
A minha França não é a França profunda
Celle qui nous fout la honte et aimerait que l'on plonge
Aquela que se envorgonha de nós e quer nos ver afundar
Ma France à moi ne vit pas dans l'mensonge
Minha França não vive em mentiras
Avec le coeur et la rage, à la lumière, pas dans l'ombre
Com o coração e a raiva, sempre na luz, não na sombra

Ma France à moi elle parle en SMS, travaille par MSN,
A minha França fala em SMS, trabalha pelo MSN,
Se réconcilie en mail et se rencontre en MMS,
Faz as pazes via e-mail e se reencontra pelo MMS
Elle se déplace en skate, en scoot ou en bolide,
Ela se locomove en skate, em scooter ou em carrões,
Basile Boli est un mythe et Zinedine son synonyme.
Basile Boli é um mito e Zinedine é seu sinônimo²
Elle, y faut pas croire qu'on la déteste mais elle nous ment,
Ela faz a gente achar que ela nos odeia, que ela mente
Car nos parents travaillent depuis vingt ans pour le même montant,
Nossos pais trabalham faz 20 anos pelo mesmo salário
Elle nous a donné des ailes mais le ciel est V.I.P.,
Ela nos dá asas mas o céu é V.I.P.
Peu importe ce qu'ils disent elle sait gérer une entreprise.
Mas não importa o que a gente diga, ela sabe gerar um enterprise
Elle vit à l'heure américaine, KFC, MTV Base
Ela vive da maneira americana, KFC, MTV Base
Foot Locker, Mac Do et 50 Cent.
Foot Locker, McDonald's e 50 Cent
Elle, c'est des p'tits mecs qui jouent au basket à pas d'heure,
Ela, aquela dos caras que jogam basquete todo o tempo
Qui rêvent d'être Tony Parker sur le parquet des Spurs,
Sonhando em ser como o Tony Parker nas quadras do Spurs³
Elle, c'est des p'tites femmes qui se débrouillent entre l'amour,
Ela, aquela das meninas que tem que lidar com o amor,
les cours et les embrouilles,
com a escola e com a lama,
Qui écoutent du Raï, RnB et du Zouk.
Que escuta o Raí, o R'n'B e o Zouk
Ma France à moi se mélange, ouais, c'est un arc-en-ciel,
Minha França e uma mistura, é um arco-íris
Elle te dérange, je le sais, car elle ne te veut pas pour modèle.
Ela te incomoda, eu sei, porque ela se recusa a te usar como exemplo

 (REFRÃO)

Ma France à moi elle a des halls et des chambres où elle s'enferme,
A minha França, aquela que tranca muitas portas e corredores
Elle est drôle et Jamel Debbouze pourrait être son frère,
Ela é engraçada e Jamel Debbouze⁴ pode ser seu irmão,
Elle repeint les murs et les trains parce qu'ils sont ternes
Ela pinta por cima dos muros e dos trens pois eles são sem graça
Elle se plaît à foutre la merde car on la pousse à ne rien faire.
Ela gosta de quebrar o barraco pois ela é incentivada a não fazer nada
Elle a besoin de sport et de danse pour évacuer,
Ela precisa do esporte e da dança para se desestressar,
Elle va au bout de ses folies au risque de se tuer,
Ela vai até os extremos de sua maluquice e arriscar morrer
Mais ma France à moi elle vit, au moins elle l'ouvre, au moins elle rit,
Mas a minha França continua viva, pelo menos ela se abre, pelo menos ela ri
Et refuse de se soumettre à cette France qui voudrait qu'on bouge.
E se recusa a submeter a França que quer que a gente vá embora.
Ma France à moi, c'est pas la leur, celle qui vote extrême,
Minha França não é deles, com seus votos extremistas,
Celle qui bannit les jeunes, anti-rap sur la FM,
Que quer banir os jovens, é anti-rap na rádio
Celle qui s'croit au Texas, celle qui a peur de nos bandes,
Que acredita que esta no Texas, que morre de medo da gente,
Celle qui vénère Sarko, intolérante et gênante.
A que venera Sarkozy, intolerante e irritante.
Celle qui regarde Julie Lescaut et regrette le temps des Choristes,
A que assiste Julie Lescaute e morre de saudades dos tempos dos Choristes⁷,
Qui laisse crever les pauvres, et met ses propres parents à l'hospice,
Que deixa os pobres morrerem e abandonam os próprios pais em asilos.
Non, ma France à moi c'est pas la leur qui fête le Beaujolais,
Não, a minha França não a que comemora o le Beaujolais⁸,
Et qui prétend s'être fait baiser par l'arrivée des immigrés,
Que alega odiar a chegada dos imigrantes,
Celle qui pue le racisme mais qui fait semblant d'être ouverte,
Que é super racista, mas finger ser super mente aberta,
Cette France hypocrite qui est peut-être sous ma fenêtre,
A França hipócrita de baixo da minha janela
Celle qui pense que la police a toujours bien fait son travail,
Que pensa que a polícia está fazendo muito bem o seu trabalho
Celle qui se gratte les couilles à table en regardant Laurent Gerra,
Que coça o saco enquanto assiste Laurent Gerra
Non, c'est pas ma France à moi, cette France profonde
Não, a minha França não é a França profunda
Alors peut-être qu'on dérange mais nos valeurs vaincront
Pode ser que incomedemos, mas nossos valores vãovencer
Et si on est des citoyens, alors aux armes la jeunesse,
E os cidadões que armem a juventude ¹⁰
Ma France à moi leur tiendra tête, jusqu'à ce qu'ils nous respectent
A minha França seguirá de cabeça erguida, até que sejamos respeitados

¹ A palavra usada para "curte" é "kiffe", uma gíria popular no país de origem arabe.
² Basile Boli e Zinedine Zidane, dois jogadores imigrantes que obtiveram status de herói graças ao desempenho na Seleção Francea
³ Jogador de basquete francês que hoje é um jogador de NBA nos EUA, jogando pelo San Antonio Spurs

Jamel Debbouze, um dos atores cômicos mais populares da França e de origem marroquina. Famoso no mundo por seu papel em Amelie. Foi ele que descobriu Diam's nos anos 90.
⁵ Referência aos protestos contra a rádio Skyrock, uma estação urbana (rap) que é a estação mais ouvida na área metropolitana de Paris
⁶ Julie Lescaut, um dos seriados mais populares do país e exibido desde 1992, sobre os casos da detetive policial, Julie Lescault, e sua vida em família no interior francês.
⁷Les Choristes. Filme lançado em 2004 e o maior sucesso de bilheteria daquele ano, sobre um professor de música de uma escola corretiva em 1949.
⁸ Beajoualais é um tipo de vinho local que fica pronto dois meses após sua colheita. Sua chegada é comemorada pelos franceses na terceira 5a feira de novembro.
⁹ Laurent Gerra, um popular humorista e personalidade tele
visiva. 
¹⁰ A parte de armar os cidadões é uma referência ao hino nacional da França, La Marseillase


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Key song


Minha confusão perante a popularidade da Cheryl Cole no Reino Unido já foi tema de dezenas de posts lá no Tá Causando. Sempre achei a moça meio insossa. Mas taí, adorei o novo vídeo dela. Não curti muito a música a primeira vez que eu ouvi mas tive uma newfound appreciation depois do vídeo. Fofinho.

sábado, 7 de abril de 2012

Minha infância: Lizzie McGuire


Pois é, resolvi desenterrar esse blog. Não que alguém leia ele, né? Mas enfim. Tive uma idéia para uma ~~sessão onde eu falo sobre algumas memórias da minha infância, coisas que eu tava into back then. E, por algum motivo, tô com vontade de falar de Lizzie McGuire, que foi tipo meu programa favorito quando eu tinha 11-12 anos. É engraçado porque ele não foi, nem de longe, um dos programas mais marcantes na minha vida. Mas, por algum motivo, me deu uma vontade louca de falar sobre ele. Então vamos lá:

Minha primeiro exposure a Lizzie McGuire foi em janeiro de 2001, bem quando o programa tava começando a ir ao ar nos EUA. Com meu pai, eu viajei para Disney e para a Califórnia e tava muitíssimo irritado pois nenhum hotel tinha Nickelodeon, que era meu canal favorito. Daí eu meio que me contentei com o Disney Channel porque era o que tinha, né? E, entre um monte de programa que eu nem lembro direito, Lizzie McGuire se destacou: eu rapidamente virei fã do programa e, quase todo dia, conferia algum episódio.

Lizzie McGuire foi super importante porque ele foi o primeiro passo que o Disney Channel deu para se transformar na potência que é hoje. E, naquela época, meu senso pop culture junkie já tinha se dado conta que aquele programa tinha potencial. Alias, tenho que admitir: até hoje em dia uso Lizzie McGuire como um bom exemplo de como eu tenho um bom faro para cultura pop. Patético much?

O que me atraiu no programa? O humor, o tom, o alter-ego animado, as roupas bonitas e descoladas que a Lizzie usava (sou gay?) e, claro, a carismática atriz protagonista. Eu achava Hilary Duff o máximo. Rapidamente, virei fã dela. Fui ver Agent Cody Banks no cinema; fiquei SUPER empolgado quando o Disney Channel chegou no Brasil pois eu ia poder ver Lizzie (e lembro que o programa era o ponto alto das minhas sextas-feiras); fiz meu pai comprar o primeiro CD dela, Metamorphosis, quando ele tava na França.

E bom, foi isso, né? Eventualmente cresci e o programa foi esquecido. Acho que a última vez que eu o vi foi em 2004 ou 2005. Mas eu tenho fond memories do programa: como ele cheered me up naquela época e foi responsável por alguns bons momentos em 2002 que, overall, foi meio que um shitty year.

Quanto ao meu amor por Hilary Duff, ele se estendeu por um tempinho. Depois de Agent Cody Banks, vi A Cinderella Story e The Lizzie McGuire Movie e comprei até o segundo CD dela. Depois, meu interesse diminuiu enormemente (até pq, né? Quanto filme ruim essa mulher fez!) mas eu meio que me empolguei na época de Dignity e With Love. Meio que para encerrar esse capítulo da minha vida, fiz questão de ir no show dela no Vivo Rio em 2006. E foi isso. Foi meu ponto final. Hoje em dia, não tenho mais nenhuma opinião sobre Hilary. Alias, até tenho: ela me entedia bastante. É engraçado como quando vejo ela hoje em dia eu vejo alguém tão sem sal e desinteressante mas, back then, quando eu a vi pela primeira vez, eu super detectei um spark e um carisma especial e, junto com milhões de outras crianças, fiquei vidrado... Acho que Hilary tinha algo que se encaixava em 2001-2002 mas não se encaixa em 2012.

Mas, por mais que eu tenha quase nenhum interesse nela hoje em dia, ela foi responsável for some good times durante minha infância. E, por isso, eu meio que terei que ser grato, não é mesmo?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

2012

Eu ia começar esse post me introduzindo e explicando minha história com blogs. Daí lembrei que já fiz isso way back when, no meu post introdutório. Fiquei meio chocado, não lembrava que eu tinha criado esse blog, muito menos que eu tinha escrito nele. Mas, por sorte, ele já tava aqui, louquinho para me receber de volta e saber tudo sobre minha vida.

E bom, a verdade é que, no momento, não tenho nada para contar. Desde que voltei a psicanalise, em julho de 2009 (pqp, parece ter sido ontem), eu acho que minha necessidade de me expressar via um blog foi meio que suprimida. Mas eu sempre gostei de blog, sempre gostei da hipótese de ter um scrapbook cheio de fatos da vida e pensamentos e coisas que eu gosto e, esse ano, planejo conseguir manter o Bem Aleatório. Apesar de que, né? Nenhuma promessa....

To be continued...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Key song


A cara desse Gotye me irrita, de modo que eu não conseguia get into the song. Mas daí me dei conta que ela é incrível e I can't stop listening to it ever since.

Rock in Rio, bebê

Então gostosos, nessa sexta-feira lá fui eu para o Rock in Rio. E bora lá que eu vou contar a minha experiência para vocês.

Esse não foi meu primeiro Rock in Rio. No de 2001, eu tinha apenas 10 anos mas fui no dia 18 prestigiar Britney e NSync e Sandy & Junior (alias, melhor line-up, sim ou sim?!). Back then, papai me deu VIP que num era lá essas coisas, néam: era uma tenda super bonita mas que ficava atrás de 200 mil pessoas, de modo que sua visão do show era um monte de pontinho pequeno.

Como fui de VIP e tinha só 10 anos, eu não tenho lá uma visão muito crítica da coisa toda. Mas pelo que andei lendo pela world wide web, o 3 foi meio fracassado (no wonder demorou tanto p uma nova edição). E ó, tenho na minha memória que, por alguns nanosegundos, eu desci do camarote com minha irmã para andar pela muvuca e era um lamaçal e um caos que, realmente, era meio aterrorizante. E, né, o AOL era o patrocinador oficial, o que é um atestado do flop que a coisa toda parece ter sido. 

Mas enfim, 10 anos depois e lá estava eu a caminho do Rock in Rio novamente. Fui de busão normal e a coisa toda foi bem tranqüila. Peguei o bus na Gávea, troquei na Terminal Alvorada e desci perto da Cidade do Rock. Como fui relativamente cedo (15hs), nao peguei nenhum do engarrafamento que as pessoas tanto reclamam.

Então, como foi widely publicized, a Cidade do Rock ficava a 1.5 km do ponto de ônibus. E, sinceramente, odeio andar mas a distância não era nada. O problema é a burrice do povo brasileiro. Desci do bus e me deparei com uma gigantesca fila. Mas como é possível a fila tá spanning quase 2 quilometros?

Resposta: ela não estava. A galera que é burra e achou que, ao invés de caminhar que nem pessoas normais, a boa era todo mundo se enfileirar e ficar paradinhos um atrás dos outros. A fila acabava a alguns metros da entrada onde, surpresa, VOCÊ DESCOBRIA QUE NÃO EXISTIA FILA NENHUMA E ERA SÓ ENTRAR LIVREMENTE NA CIDADE DO ROCK. Eu, que não sou burro, furei fila. Quer dizer, furei porra nenhuma uma vez que NÃO TINHA FILA.

Mas bom, daí entrei lá na Cidade do Rock e, gente, sinceramente, mix de Disney com shopping center. Um trilhão de anunciantes enchendo cada metro-quadrado que era até meio assustador. No primeiro momento achei meio cafona mas depois relaxei e gozei.

Quanto a organização, não tenho o que reclamar. O excesso de anúncios e o fato de que ABSOLUTAMENTE TUDO era patrocinado tosqueava um pouco a coisa toda mas, por outro lado, os stands tinham lá sua criatividade e rolava muitooo brinde (o melhor deles: Halls gratuita! O kit Niely Gold a gente dispensou porque todo mundo tem amor pelo próprio cabelo).

Os preços também não eram lá tão absurdos. A cerveja era Heineken o que, porra, era mais que aprovado. Custava entre 6.50 e 7 o que é bem razoável e ainda mais razoável quando eu me lembrei que eu paguei 5 libras por uma pint no show do Take That em Londres.

A comida though era meio bad. Tinha MUITAS opções: Spoletto, Koni, Habibs, Bob's, Bibi, Domino's. O problema é que todas tinham um cardápio muito limitado e as comidas eram todas meio ruins porque, evidentemente, quase nada era preparado na hora, as coisas eram só pré-aquecidas.

E ainda tinha muitas opções de lazer. Dos brinquedos, a gente foi na montanha russa (patrocinada pela Chilli Beans) que, apesar da fila de 1h30, valeu a pena. Tem tirolesa da Heineken, roda gigante do Itaú, altar do rock da Sky (tosquíssimo), simulador de vôo de asa-deltas da Prefeitura do Rio (bom saber que nossos impostos tão sendo bem gastos), salão de beleza da Niely e até lugar para fazer teste de HIV (só para maior de 18 anos. Qual a lógica? Menor não faz sexo? Menor pode pegar AIDS livremente?).

E quanto a obrigatoriedade do RioCard para ir embora: a idéia foi realmente boa. Na saída, tinha um corredor gigantesco de roletas onde você passava seu RioCard. Daí você entrava direto no ônibus, o que agilizava bastante o processo.

Mas bom, e os shows? Para começar, vou dizer que eles foram um ATESTADO da minha boa forma e jovialidade. Porque por volta das 19h30 achei um bom lugar perto dos palcos e com um bom campo de visão e só saí de lá as 4 e meia da manhã.

Para começar, teve show dos Paralamas e dos Titãs e da Maria Gadu e achei incrível que eles juntaram logos os três para nos livrarmos de uma só vez. O show foi bom though.

Depois teve Claudinha Millk. O problema de Claudinha é que ela evidentemente tem muito dinheiro (para uma artista nacional) a disposição porém o que falta ali é qualquer coisa que se assemelhe, mesmo de longe, a bom gosto. E as músicas também são péssimas: parece que ela aperta aquela função do teclado que te dá um ritmo pré-pronto e começa a cantar o que vem na cabeça dela.

Mas, uma vez que você abstraí isso tudo, para de tentar compara-la a Ivete (Claudinha está para Ivete assim como Wanessa está para Beyoncé) e resolver exttravazar, o show fica bem mais agradável. A chave é não levar a sério. E, sinceramente, por pior que sejam as músicas e por mais cafona que seja tudo, Millk é uma boa performer com presença e voz e, apesar daquela cara de travecão e das roupas horrorosas (ela tava até elegante no Rock in Rio comparado ao normal dela), ela é bem bonita. Então, sinceramente, curti o show. Claudinha arrasou pois mais annoying que ela seja (e, aparentemente, só eu achei isso).

Depois veio Katy. Curto muito as músicas mas, sinceramente, acho ela bem obnoxious. E eu comecei o show na maior má vontade com o tanto de "ufa, ninguém merece Claudia Leitte, agora vamos ter a verdadeira diva Katy Perry" que eu ouvi. Tipo, peraí, pelo menos Claudinha sabe cantar e dançar, dois talentos a mais do que Katy.

Quando ela subiu no palco desafinando Teenage Dream eu tava achando uma merda mas by the time que ela começou Fireworks eu já tava aos prantos, berrando cada verso e gritando "Katyyy te amooo".

Daí veio Elton. Eu sei que a moda é dizer que "fui no dia 23 pelo Elton" mas nem fui. Comecei o show na maior boa vontade, achando ele fofo, tocando bem, etc. mas uma vez que eu me dei conta que o SHOW NUNCA IA ACABAR perdi a paciência, sentei no chão e não vi mais nada.

Finalmente, Rihanna. Depois de 6 horas de espero, vontade de mijar, sede desesperadora, foi um alivio quando ela subiu no palco e eu sabia que não faltava muito para eu estar livre. E, de todo mundo lá, Rihanna é minha favorita: as músicas dela são as melhores e ela não tem uma personalidade obnoxious que nem a Katy.

Amei o show, o set list tava incrível mas achei o show meio lazy. Ela trouxe o show de festival dela, que não envolve troca de roupa ou muitos props. Levando em conta que o Rock in Rio tem uma infraestrutura muito maior que um festival normal, ficou meio tosco, principalmente porque Katy brought the whole thing. Still, by far, meu show favorito. Amo Rihanna.

Sai de lá as 5 am completamente exausto e reencontrar minha cama foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Mas a experiência foi incrível e, sinceramente, tô com raivinha de mim mesmo que eu não comprei ingresso para o dia 30. Mas OK, em 2013 tô lá de novo para comemorar que o mundo não acabou.

domingo, 11 de setembro de 2011

Reading

Duas matérias que eu achei muitíssimo interessantes e bem escritas: Brazil's Girl Power, reportagem da National Geography sobre a taxa de natalidade baixíssima (principalmente para um país em desenvolvimento) no Brasil e Fukushima Disaster: It's Not Over Yet, sobre o trauma psicológico entre os japoneses depois dos desastres naturais e do acidente radioativo. Ambas muito enlightening e bem escritas.