quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Rock in Rio, bebê

Então gostosos, nessa sexta-feira lá fui eu para o Rock in Rio. E bora lá que eu vou contar a minha experiência para vocês.

Esse não foi meu primeiro Rock in Rio. No de 2001, eu tinha apenas 10 anos mas fui no dia 18 prestigiar Britney e NSync e Sandy & Junior (alias, melhor line-up, sim ou sim?!). Back then, papai me deu VIP que num era lá essas coisas, néam: era uma tenda super bonita mas que ficava atrás de 200 mil pessoas, de modo que sua visão do show era um monte de pontinho pequeno.

Como fui de VIP e tinha só 10 anos, eu não tenho lá uma visão muito crítica da coisa toda. Mas pelo que andei lendo pela world wide web, o 3 foi meio fracassado (no wonder demorou tanto p uma nova edição). E ó, tenho na minha memória que, por alguns nanosegundos, eu desci do camarote com minha irmã para andar pela muvuca e era um lamaçal e um caos que, realmente, era meio aterrorizante. E, né, o AOL era o patrocinador oficial, o que é um atestado do flop que a coisa toda parece ter sido. 

Mas enfim, 10 anos depois e lá estava eu a caminho do Rock in Rio novamente. Fui de busão normal e a coisa toda foi bem tranqüila. Peguei o bus na Gávea, troquei na Terminal Alvorada e desci perto da Cidade do Rock. Como fui relativamente cedo (15hs), nao peguei nenhum do engarrafamento que as pessoas tanto reclamam.

Então, como foi widely publicized, a Cidade do Rock ficava a 1.5 km do ponto de ônibus. E, sinceramente, odeio andar mas a distância não era nada. O problema é a burrice do povo brasileiro. Desci do bus e me deparei com uma gigantesca fila. Mas como é possível a fila tá spanning quase 2 quilometros?

Resposta: ela não estava. A galera que é burra e achou que, ao invés de caminhar que nem pessoas normais, a boa era todo mundo se enfileirar e ficar paradinhos um atrás dos outros. A fila acabava a alguns metros da entrada onde, surpresa, VOCÊ DESCOBRIA QUE NÃO EXISTIA FILA NENHUMA E ERA SÓ ENTRAR LIVREMENTE NA CIDADE DO ROCK. Eu, que não sou burro, furei fila. Quer dizer, furei porra nenhuma uma vez que NÃO TINHA FILA.

Mas bom, daí entrei lá na Cidade do Rock e, gente, sinceramente, mix de Disney com shopping center. Um trilhão de anunciantes enchendo cada metro-quadrado que era até meio assustador. No primeiro momento achei meio cafona mas depois relaxei e gozei.

Quanto a organização, não tenho o que reclamar. O excesso de anúncios e o fato de que ABSOLUTAMENTE TUDO era patrocinado tosqueava um pouco a coisa toda mas, por outro lado, os stands tinham lá sua criatividade e rolava muitooo brinde (o melhor deles: Halls gratuita! O kit Niely Gold a gente dispensou porque todo mundo tem amor pelo próprio cabelo).

Os preços também não eram lá tão absurdos. A cerveja era Heineken o que, porra, era mais que aprovado. Custava entre 6.50 e 7 o que é bem razoável e ainda mais razoável quando eu me lembrei que eu paguei 5 libras por uma pint no show do Take That em Londres.

A comida though era meio bad. Tinha MUITAS opções: Spoletto, Koni, Habibs, Bob's, Bibi, Domino's. O problema é que todas tinham um cardápio muito limitado e as comidas eram todas meio ruins porque, evidentemente, quase nada era preparado na hora, as coisas eram só pré-aquecidas.

E ainda tinha muitas opções de lazer. Dos brinquedos, a gente foi na montanha russa (patrocinada pela Chilli Beans) que, apesar da fila de 1h30, valeu a pena. Tem tirolesa da Heineken, roda gigante do Itaú, altar do rock da Sky (tosquíssimo), simulador de vôo de asa-deltas da Prefeitura do Rio (bom saber que nossos impostos tão sendo bem gastos), salão de beleza da Niely e até lugar para fazer teste de HIV (só para maior de 18 anos. Qual a lógica? Menor não faz sexo? Menor pode pegar AIDS livremente?).

E quanto a obrigatoriedade do RioCard para ir embora: a idéia foi realmente boa. Na saída, tinha um corredor gigantesco de roletas onde você passava seu RioCard. Daí você entrava direto no ônibus, o que agilizava bastante o processo.

Mas bom, e os shows? Para começar, vou dizer que eles foram um ATESTADO da minha boa forma e jovialidade. Porque por volta das 19h30 achei um bom lugar perto dos palcos e com um bom campo de visão e só saí de lá as 4 e meia da manhã.

Para começar, teve show dos Paralamas e dos Titãs e da Maria Gadu e achei incrível que eles juntaram logos os três para nos livrarmos de uma só vez. O show foi bom though.

Depois teve Claudinha Millk. O problema de Claudinha é que ela evidentemente tem muito dinheiro (para uma artista nacional) a disposição porém o que falta ali é qualquer coisa que se assemelhe, mesmo de longe, a bom gosto. E as músicas também são péssimas: parece que ela aperta aquela função do teclado que te dá um ritmo pré-pronto e começa a cantar o que vem na cabeça dela.

Mas, uma vez que você abstraí isso tudo, para de tentar compara-la a Ivete (Claudinha está para Ivete assim como Wanessa está para Beyoncé) e resolver exttravazar, o show fica bem mais agradável. A chave é não levar a sério. E, sinceramente, por pior que sejam as músicas e por mais cafona que seja tudo, Millk é uma boa performer com presença e voz e, apesar daquela cara de travecão e das roupas horrorosas (ela tava até elegante no Rock in Rio comparado ao normal dela), ela é bem bonita. Então, sinceramente, curti o show. Claudinha arrasou pois mais annoying que ela seja (e, aparentemente, só eu achei isso).

Depois veio Katy. Curto muito as músicas mas, sinceramente, acho ela bem obnoxious. E eu comecei o show na maior má vontade com o tanto de "ufa, ninguém merece Claudia Leitte, agora vamos ter a verdadeira diva Katy Perry" que eu ouvi. Tipo, peraí, pelo menos Claudinha sabe cantar e dançar, dois talentos a mais do que Katy.

Quando ela subiu no palco desafinando Teenage Dream eu tava achando uma merda mas by the time que ela começou Fireworks eu já tava aos prantos, berrando cada verso e gritando "Katyyy te amooo".

Daí veio Elton. Eu sei que a moda é dizer que "fui no dia 23 pelo Elton" mas nem fui. Comecei o show na maior boa vontade, achando ele fofo, tocando bem, etc. mas uma vez que eu me dei conta que o SHOW NUNCA IA ACABAR perdi a paciência, sentei no chão e não vi mais nada.

Finalmente, Rihanna. Depois de 6 horas de espero, vontade de mijar, sede desesperadora, foi um alivio quando ela subiu no palco e eu sabia que não faltava muito para eu estar livre. E, de todo mundo lá, Rihanna é minha favorita: as músicas dela são as melhores e ela não tem uma personalidade obnoxious que nem a Katy.

Amei o show, o set list tava incrível mas achei o show meio lazy. Ela trouxe o show de festival dela, que não envolve troca de roupa ou muitos props. Levando em conta que o Rock in Rio tem uma infraestrutura muito maior que um festival normal, ficou meio tosco, principalmente porque Katy brought the whole thing. Still, by far, meu show favorito. Amo Rihanna.

Sai de lá as 5 am completamente exausto e reencontrar minha cama foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Mas a experiência foi incrível e, sinceramente, tô com raivinha de mim mesmo que eu não comprei ingresso para o dia 30. Mas OK, em 2013 tô lá de novo para comemorar que o mundo não acabou.

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